segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Este blog não pode ser exibido



"Antes um blog discreto que uma página exibida." Emerson Cardozo


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Enfim, clique no botão Voltar para tentar outro blog ou ter paciência de encontrar um texto “novo” e passível de discussão aqui.

Não tenho conseguido. A minha mente está necessitada de Configuração, pois eu não encontro as Ferramentas para Atualizar minhas idéias. Já busquei inspiração em todos os meus autores Favoritos. Tentei Editar alguns textos, mas no momento de usá-los para Exibir, preferi guardá-los em um Arquivo, para que eu possa pegá-los e Formatar um a um. Acho que preciso de Ajuda daquelas que te permitem apontar para algo com o mouse e perguntar O que é isso?


(De 12 de outubro de 2009)

OPERAÇÃO PENTE FINO


Após denúncias de irregularidades na administração, desvio de recursos, boicotes e inadimplência, foi dado início à Operação Pente Fino da mente Emerson Cardozo.

Em meio a alvarás para iniciativas improdutivas, licitações para obras que nunca existiram, já foram apreendidos mais de 4.800 traumas infantis desviados para o departamento do inconsciente adulto, que é a repartição mais desfavorecida de todo o Órgão (o cérebro). Foram autuadas duas idéias pelo desvio de coragem e determinação que seriam usadas para a construção da BR 52, que ligaria o que os olhos vêem com o que o coração sente.


Estimativas apontam que o rombo foi de milhões de idéias úteis em virtude de falcatruas e trapaças em prejuízo do departamento de auto-estima.

Boa parte do que foi resgatado, encontrava-se em Arquivos-Mortos. Ainda não se sabe se haverá devolução do material, já que o estado de conservação da maioria das idéias é precário.

A investigação teve início assim que suspeitas levavam a crer que, segundo uma declaração de Nada Consta, traumas escolares superfaturados tinham livre passagem pela vivência acadêmica.


O que mais espantou os investigadores foi a descoberta de um cofre contendo um medo de Boi da Cara Preta datado do ano 2008. Demonstrando o completo caos em que se encontrava a mente investigada.


Tentamos contatar o Gestor da mente, que já ocupa o cargo há mais de 24 anos, mas ele se negou a dar declarações, se limitando a dizer que não tínhamos o direito de tirar ressonâncias sem permissão.


Postscriptum: a necessidade de falar ou escrever para não pensar demais, pode se tornar atentado ao pudor intelectual alheio, como foi o caso desse texto. Desculpem aí

A ARTE DE TROCAR PIOLHOS

 
Acreditava que ter piolhos poderia ser algo socializante. Assim como uma tatuagem, um piercing, uma roupa estranha que distingue grupos sociais ou anti-sociais de jovens na “atualidade”. Mas os piolhos? Nunca os tive. Certamente até para eles minha cabeça era improdutiva. Isso, porque segundo lembranças, era comum algum adulto responsável perguntar: “_O que você tem nessa cabeça?”.
Quanto a essa pergunta, prefiro não discorrer, já que até hoje eu não sei a resposta (e a causa da minha apatia era fruto da busca).
Hoje, eu acho que sei que nenhum lugar é mais improvável de encontrar algo do que dentro de nossa própria cabeça. Ainda mais eu que possuía perguntas demais e idéias a que somente eu agregava realidade e pensamentos cujas crianças (que eu conhecia) normalmente não poderiam ter.
Meus pensamentos me causavam coceiras. Talvez tenham substituído psicologicamente a minha deficiência de piolhos.
Diria que descobri mais um foco de desigualdade infanto-juvenil na minha história pessoal. Se não foi me dado sequer o direito de compartilhar piolhos com meus colegas, imagina idéias! E, sim: eu me sentia discriminado por algo que estava além de mim e algo que eu não sabia o que era, mas que tornava as outras crianças nobres pela distinção de agregarem piolhos.
Na escola, havia uma prática difundida pelos professores de, vez em quando, juntar todos os alunos e verificarem se havia indícios de piolho em algum deles. Sempre havia, segundo a minha concepção, os sortudos que chamavam mais atenção mesmo que com um piolho morto ou uma lêndea seca . Uma vez, quase fui “condecorado” como novo membro dos alunos privilegiados cultivadores de piolho. Mas foi alarme falso. Eram apenas alguns grãos de areia em minha cabeça. Os anos escolares passaram e jamais um piolho foi encontrado em mim. Isso ainda me assusta. O que há em mim que afasta os piolhos e com isso a possibilidade de eu passar pelo rito, mesmo como retardatário, do processo artístico/tribal de catar piolho?
Aquelas crianças do passado deveriam ter algo na cabeça que possibilitava o cultivo em larga escala de piolhos. Talvez eles tenham tido no exterior da cabeça um terreno fértil para tal, enquanto meu terreno fértil era no interior da cabeça...
Meus piolhos intra-cranianos tinham um formato estranho. Eles eram quase exatamente assim, olha: “?”. E assim como os piolhos clássicos, eles também me sugavam. Aliás, o fazem até hoje.

Se acharem um desses na cabeça de alguma criança, ajudem a catar, mas não os matem. Apenas os ajude a se desprenderem

postscripitum: Texto sem correção ortográfica e sem razão existencial comprovada por argumentos sãos..